Acho que sem querer fiz um verso. A visita começou, com um contratempo, encontrar um buraquinho para estacionar, felizmente alguém conhecia os cantos e recantos, se fosse eu, ainda hoje andava à procura.
Uma cidade com muita história, e muitas igrejas, cada uma com o seu estilo, e sendo a Cidade dos Arcebispos, não podia deixar passar esta viagem sem conhecer algumas das suas Igrejas.
Começando pela Igreja de Santa Cruz, com o enigma dos galos casamenteiros, curiosidades da nossa cultura. Uma Igreja em estilo Barroco, com representações de Cristo nas diferentes Estações da Via Sacra, imponentes e impossível não sentir respeito, por majestosas obras.
Nas ruas de Braga ainda é possível ver algumas curiosidades, como mercearias centenárias, casa típicas, mais ou menos conservadas (como nas grandes cidades, o betão ganha à tradição), espaços verdes, o entrosamento entre o tradicional e o moderno, mais ou menos conseguido.
A Sé Catedral de Braga impressionou-me, pela sua beleza, o mau é que tínhamos o museu fechado e não tínhamos "tempo para esperar", porque havia tanto para ver.
Calcorreando as suas ruas, entramos na comida mais típica de Itália (La Piola), pizza, como não podemos deixar fugir as tradições dos nossos almoços/jantares, a surpresa foi que a pizza era deliciosa, o espaço super agradável, os funcionários simpátiquíssimos, e adorei esta nossa tradição. Eu sei, os pratos típicos de Braga são maravilhosos, muito famosos, e tem todos um aspecto, delicioso, mas a minha pizza era mesmo deliciosa.
Para fazermos a digestão, do almoço, nada melhor que passar novamente pela Sé, museu ainda fechado, desistimos, vamos ter de voltar. Isto deixou-me triste, porque quem anda a passear e numa cidade cheia de turistas, deviam precaver estas situações, alternar as horas de almoço, optarem por contratarem mais pessoas, nas atracções mais turísticas, não fechar para almoço. Bom, foi o menos do dia.
A Fachada da Biblioteca de Braga é digna de nota e de uma visita ao seu interior, noutra altura, porque se a fachada é linda, nem quero imaginar o interior.
Depois de uma paragem para o café, e para descansar, do tempo primaveril, com que Braga nos brindou, rumamos em direcção ao Museu dos Biscainhos, a visita guiada era ás 15, só tínhamos 15 minutos para ver os jardins, mas quem consegue ver a maravilha de jardim em tão pouco tempo? Ficamos pelo primeiro patamar, e não vimos tudo, e fomos à visita guiada, mas guiada só pelo espaço, nada de explicações, ou tempo mais prolongado para visitar cada um dos espaços, rapidez, e eficiência, é a característica do funcionário, o moço, andou literalmente a correr quando nos foi mostrar os estábulos e a cozinha....faltou tanto da casa para vermos, vimos o salão nobre, se quiseres saber o que é lês os informativos à entrada de cada sala, e estão em letras impróprias para pessoas que precisam de óculos, como eu, que fui ao engano, pensando que nos ia calhar uma explicação, e não tive de sacar os óculos da mala e ler, rápido, porque outra sala nos espera. Fiquei curiosa com os restantes espaços da casa, porque apenas vimos, a sala de jogos e música, a sala de estar, a sala de jantar, gabinete, os estábulos e a cozinha, na cozinha fiz questão de me demorar e ver como deve ser, a rusticidade dos objectos, o "corredor" que me espere..
Sinto nesta visita, que me ficou a faltar muitas salas e coisas que ficaram por ver, e achei estranho não termos um vislumbre dos quartos, e a escadaria principal que devia ter sido apreciada como a maravilha que é. Voltar, sim, mas com outro funcionário que seja um bocadinho mais calmo e menos stressado.
Torre de Menagem os seus pisos, cada um destinados a épocas distintas da história desta cidade, a vista que se alcança do alto desta torre, não são só telhados, vemos uma perspectiva de todos os lados da cidade, e com um bónus, não se paga. É grátis, e não vi acesso para pessoas com pouca mobilidade, as escadas, bom o que é mais uma subida depois de calcorrearmos muitas ruas de Braga?
Para terminar e estando um bocadinho "de rastos e a arrastar-me", paramos para ver a Casa dos Crivos, (sabem, quando as janelas só permitem ver para fora e nada para dentro), tinha uma exposição de fotografia, que aproveitamos para ver, também era tudo grátis.
No fim do dia, ficou uma sensação de cansaço, querer voltar e voltar a ver, o que já vimos, mas também o muito que ficou de fora.