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a herança do vazio

Blogue de pensamentos, acontecimentos, experiências, viagens e coisas minhas.

a herança do vazio

Blogue de pensamentos, acontecimentos, experiências, viagens e coisas minhas.

Outubro 26, 2017

m.

Passear por cidades que eu gosto nunca é demais para mim, e sempre descubro coisas novas e diferentes.

Um encontro em Guimarães é sempre especial, pela companhia, e pela perspectiva de voltar a visitar esta cidade que eu ADORO.

Desta vez e contrariamente ás anteriores, fui estacionar num local, que sabia onde era, mas não sabia como lá chegar, conclusão, falhei o cruzamento de entrada, mas como tenho um sentido de orientação, "ni" a pesar para o "si", percebi que de alguma forma e perante alguma manobra tinha mesmo de voltar para trás, senão ia ter nem sei eu onde, claro que quando voltei para trás, a minha velocidade passou para "velocidade de procura de indicações", mas não havia, e se as havia eu não as vi. Assim que voltei no cruzamento, e depois no outro, via que ia no caminho certo, e eis-me perante mais um engano, voltei a falhar a entrada do estacionamento, perante tanto engano logo pela manhã (e ainda nem eram 10 horas), imaginei que o resto do dia is ser assim, meio equivocado. Errado!!!

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Paço dos Duques; Guimarães.

 

O objectivo deste dia era variado e tinha de aproveitar o tempo ao máximo, foi um bónus apesar dos enganos, estar á hora de abertura do paço dos Duques, para ver a Exposição "Leonardo Da Vinci, O Inventor", e conseguir ter a possibilidade de ver a exposição calmamente e sem burburinho, poder ler todos os painéis e ver as réplicas das suas obras, no final senti-me feliz e ainda mais admirada por um Criador, que com a sua visão futurista e inconformada nos antecipou o futuro de forma tão espectacular.

DSC07960.JPG

Exposição Leonardo Da Vinci, O Inventor; Paço dos Duques; Guimarães.

Depois deste "banho cultural", e ainda sendo cedo, parti á procura de alguém e percorri outras ruas menos turísticas, e depois de todos os elementos presentes, a visita ao Palácio Vila Flor, deixou-me com vontade de assistir a algum concerto, muito especial, vamos sonhando.......

O almoço foi um acontecimento, num local repleto de referências á leitura e nós que adoramos ler, adorei o espaço, os pequenos mimos, os gestos de simpatia, tudo regado com um delicioso almoço.

A sobremesa, veio de fora

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Pastéis de Nata, Natas, do Norte ao Centro, quais as mais deliciosas.

 A tarde passou a correr entre Castelo, Monumentos, Igrejas, Estátuas, explicações apressadas que o tempo, quando estamos a passear voa nem sei por onde, e quando damos por ela é um até breve, porque esta é a parte mais difícil, o adeus.

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Estátua de D. Afonso Henriques; Guimarães 

Aproveitando o resto do dia, ainda aproveitamos para visitar três santuários, São Bento das Peras, com os seus miradores dos quais podemos apreciar as vistas. Santuário da Senhora da Lapinha, respira-se tranquilidade. E por fim o Santuário da Penha. Um final de passeio espiritual que nos proporcionou alguns momentos de recolhimento, reflexão e oração.

 

 

 

Outubro 24, 2017

m.

Neste fim de semana fui numa excursão, ou passeio turístico?. Não sei o termo certo, mas fui eu e mais 50  num confortável autocarro e não é que adorei, apesar de ir cheio de avós e alguns netos (nós), o convívio e a excelente organização aqui , fizeram o resto.

Saímos em direcção a Ourense, num passeio pelas termas ao ar livre e pelo centro da cidade, conhecia um bocadinho, e o tempo não estava propício a grandes passeios, mas deu para tomar o pequeno almoço e passar pelas ruas principais. De manhã cedinho com um tempo de chuvinha o que

DSC08215.JPG

Termas; Ourense; Espanha

nós queremos é um café-solo, com um croissant fresquinho com um queijinho delicioso. Depois do passeio parou de chover e saímos em direcção a Salvaterra do Miño com sol e calor.  Nestas paisagens e ali como cá o verde é substituído pelo negro dos fogos, e é tão desolador ver as paisagens verdejantes negras e mortas.

Chegados ao local, degustar um excelente almoço no Restaurante Casa Lino, era tudo o que precisávamos,  e o mesmo excedeu as expectativas, quer em termos de comida, quer de companhia e animação, porque a tarde prometia cansar.

DSC08233.JPGMega-Cacete; Salvaterra do Miño; Espanha

 

Depois de um almoço bem temperado e regado, claro que necessitávamos de exercitar os músculos e nada melhor para o fazer que no nosso País tão lindo e desconhecido, passando Monção, começamos a avistar Valença, e para mim que não conhecia tive um prazer redobrado e uma boa surpresa ao visitar e conhecer o interior desta cidade fronteiriça.

DSC08278.JPGParede de Água; Valença do Minho; Portugal

 Em direcção a Pontevedra deu para descansar os olhos, vulgo dormir, e quando atravessamos uma das suas inúmeras pontes deparei-me com uma cidade moderna e conservadora do seu património histórico, ver as Ruínas de San Domingos, foi um retroceder no tempo, respirar história.

DSC08313.JPGRuínas De San Domingos; Pontevedra; Espanha

 

Em direcção a Cambados e ao Festival do Marisco, apreciando a paisagem natural das Rías Baixas, tão faladas e tão desconhecidas.

E chegados a Cambados, o que é que as raparigas foram fazer, além de passear, ou melhor antes e em vez de passear, visitar uma livraria, pois claro não nos fosse faltar material de leitura depois do bailarico. A sério somos mesmo leitoras apaixonadas até pelos livros em língua de Cervantes.

O jantar, foi TOP, a queimada gallega, assustadora o expiar das brujas, claro que o Padre Fontes tem outro encanto no desconjuro, mas foi assustadoramente divertida esta queimada.

De manhã um passeio descobrindo toda a beleza desta localidade, muitos monumentos repletos de histórias místicas,  uma baía de sonho, um poeta perdido num jardim (Ramon Cabanellas), um café com sabor a laranja pura. Unas vecinas que passando por nós nos dão os Bons Dias, um detalhe um miminho que nos agradou a todos.

DSC08414.JPGIgreja de San Benito; Cambados; Espanha

 

Um almoço reforçado, que soube mesmo bem, uma sobremesa que refrescou, um café que ficou por tomar.

E quando chegados a Santiago de Compostela, o mesmo Espírito Peregrino e de Santidade impregna o espírito, e só peço uns minutos de tranquilidade, um local que nos transmite e nos dá o alento que necessitamos e está aqui tão perto. Sempre dentro de nós e connosco.

DSC08433.JPGO Final do Caminho; Santiago de Compostela; Espanha

 

Um passeio super agradável, com uma organização excelente, e poucos ou nenhuns defeitos a apontar.

Para repetir.

 

 

 

Junho 14, 2017

m.

Pisa, não sei se foi a expectativa do que ai vinha, mas na nossa curta estadia em Pisa apenas estivemos na Torre e na Catedral eu não entrei. Percorri o mercado, e comprei alguns souvenirs, para mais tarde recordar. A explicação que nos deram para a inclinação, foi da Torre ter sido construída sob terreno "pantanoso", e de um lado ainda na construção os alicerces começarem logo a afundar, os engenheiros da época tentaram corrigir, mas com o tempo, a correcção não é suficiente. Espero que não caia, porque é linda, com todas as esculturas e colunas á volta, as fotos não lhe fazem justiça. Esta cidade não estava planeada, mas como fica perto de Florença, o nosso próximo destino, abdicamos de duas horas e passamos por lá.  

Florença já sabia que era a Cidade do Renascimento, que nela habitaram e viveram o Miguel e o Leonardo, o Boticelli, e tantos outros pintores, escultores e homens que deixaram a cultura Mundial, muito mais rica, mas não estava preparada, não estava, e quando descemos do autocarro e nos dirigimos ao hotel, e comecei a ver reproduções da cidade, fiquei mais do que ansiosa para a conhecer.

A nossa primeira paragem e ainda antes de entrarmos na parte "mais" histórica e turística e conhecida, foi o Miradouro da  Praça Michelangelo, ou como nos explicou   o motorista do autocarro Florentino de Nascimento, Miguel Angelo com Florença a seus pés, e na realidade deste ponto as vistas são absurdamente espetaculares, inesquecíveis. E como estamos em época de quase Outono, vemos ao longo a beleza da cidade, e as nuvens carregas de chuva, para a qual já nos tinham alertado.

Na verdade,  mais do que dos monumentos, dos museus, do casario, das lendas e histórias milenares, das excelentes paisagens, falo do encantamento que esta cidade teve sobre mim, não estava á espera, de ficar a amar esta cidade. Ficou no meu coração.


Assis, uma cidade medieval, a cidade de São Francisco de Assis, de uma beleza única, cada rua, cada monumento são únicos, um retrocesso no tempo, uma paz que se respira, espiritual, cultural, longe das multidões de turistas, podemos percorrer com calma e tempo as suas ruas e apreciar a paisagem envolvente.

 

Roma, a cidade imperial, que todos conhecemos e reconhecemos, uma capital polvilhada de história, que se respira a cada passo que damos, uma cidade onde conduzir é um sério problema porque é uma grande confusão pelo menos para mim, é o salve-se quem puder, medo, felizmente andamos de autocarro e também a pé, muito a pé. Um dos locais que me ficou na memória por ser tão arrepiante e horrível foram as catacumbas. Os vestígios romanos que perduram até aos nossos dias, o bom e o mau. Aprender com o passado e com a história, pessoalmente acho que sim, vamos sempre repetir os erros do passado.

Em Roma, e com mais um bocadinho de liberdade...deu para nos embrenharmos nas ruelas e na confusão de Roma, ai sim uns turistas de mochila +as costas, com o mapa a mão e a tão indispensável máquina fotográfica.

E o Vaticano, bem tive a honra de ouvir uma Missa Papal, e de acenar a Sua Santidade, foi mais um dos momentos altos desta magnífica viagem, No Vaticano e sendo uma fã assumida de Miguel Ângelo, se não me puxassem ainda hoje estaria a absorver a maravilhosa Capela Sistina.

Uma viagem muito proveitosa, em termos culturais e pessoais.

Junho 12, 2017

m.

A propósito do Santo António, amanhã é feriado e eu sempre gostei da noite de Santo António em Lisboa, adiante, que isso agora não interessa.

Lembrei-me da minha viagem de sonho a Itália. Começamos por Milão; Pádua; Veneza; Pisa;  Florença, Assis  e finalmente Roma e Vaticano. E excursão com guia e tudo  é bom, mas por outro lado ter horas para estar aqui e ali, não teres a liberdade de passear por outros locais menos turísticos é sempre uma questão que pondero, sou muito de liberdade de passear por outros locais que menos conhecem.

Como foi há algum tempo, lembro-me ainda das sensações, das paisagens, do casario, dos monumentos e do horror dos pombos em São Marcos.

Milão, uma cidade in, um misto de modernidade com bom gosto, associada a grandes marcas, e para mim o encanto maior, a Catedral, as Galerias,  o Estádio de Futebol do AC Milan, Giuseppe Meazza, ou San Siro, já gostei muito de futebol o que posso dizer, o Teatro La Scalla, foi como retroceder séculos e foi uma visita relâmpago  um dia, mas foi um dia em cheio. Lembro-me de andar muito, percorrer a praça de uma ponta á outra,  e ter uma perspectiva, total da Catedral e as fotos são muito boas, mas nas memórias retemos as sensações, os cheiros, as associações com objectos e pessoas.

Pádua, a nossa rival, directa, e bom conhecendo as duas Basílicas, não sei para qual o meu coração inclina, mas nesta Basílica, vendo as relíquias do Nosso Santo António, tendo uma pequena conversa com um Padre sobre o assunto, entendo a reclamação deles, mas mesmo assim Santo António é e será sempre NOSSO.

Tinha piada vir a Itália e não visitar a famosa e maravilhosa cidade de Veneza, bom, que encantadora, tivemos a possibilidade de a visitar de noite, e de dia, o encanto místico e mágico da noite, é qualquer coisa do outro mundo, voltar na manhã seguinte com o amanhecer, é ver as duas faces da mesma moeda e não saber qual escolher. De noite temos a calmaria, o sentirmos a cidade quase só para nós, um brilho especial,  de dia a confusão, os encontrões, os gondoleiros, os vendedores ambulantes, toda a confusão inerente a uma das cidades mais visitadas e famosas do Mundo, mas que tendo a possibilidade de por terra, ou através dos canais percorrer as suas ruas, imaginar cenas (Donna Leon, Morte no Teatro La Fenice), locais vistos e lidos , sentir que fazes parte de algo maior que tu, mas que também te pertence naquele momento que estás ali, é indescritível. Mau: Pombos na praça de São Marcos; O Gondoleiro "cantava fatal", mas com a nossa ajuda atinou, o cheiro dos canais........

 

 

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