Abril 30, 2018
m.
E o dia escolhido para a caminhada foi o dia da Liberdade, o dia 25 de Abril. Tempo ameno, de Primavera? Não, calor de Verão, mas quem caminha por gosto, isso nem foi uma preocupação por ai além.
Com algumas paragens por imprevistos ( o que é uma excursão sem imprevistos e atrasos, não era a mesma coisa), sempre explicados pelo grupo organizador (Ideias Essenciais Eventos e Passeios Turísticos Faustino Teixeira são cinco estrelas). Com a primeira paragem em Vila Real, café, pequeno almoço, ou o quiséssemos, porque já levávamos uma hora de autocarro, soube bem começar este pré aquecimento.
Depois e eu sem fazer ideia onde se situavam os Passadiços nem pouco mais ou menos, demoramos mais umas duas horas de autoestrada e estradas nacionais, que pecaram pela triste paisagem enegrecida e triste, ainda no autocarro e como tínhamos de ir nas localidades a passo de parados, dizia adeus às pessoas que em dia feriado aproveitavam para tratar das suas culturas agrícolas (vulgo semear / cavar batatas), foi divertido, porque elas paravam para descansar e algumas acenavam, isto é da herança, desde sempre me lembro do meu pai cumprimentar todas as pessoas por quem passava na aldeia vizinha, mas ele conhecia as pessoas, eu não, mas o meu avô materno fazia o mesmo, e ele tal como a neta não conhecia as pessoas), depois de muitas curvas, descidas, subidas, e mais disso, parecia que nunca mais chegávamos, mas eis-nos à beira do Rio Paiva, no local de partida/chegadas, para embarcarmos, ou melhor caminharmos, nestes tão famosos passadiços.
A organização, que já tinha feito um breve briefing (ai que me lembrei de quando trabalhei naquela empresa, onde todos os dias tínhamos um briefing, nunca mais tinha ouvido a palavra), e explicado, combinado, e avisado das regras e dos cuidados a ter em respeito pela Natureza e pelos outros Caminhantes (isso devia ser Civismo e senso comum), mas é realmente sempre melhor avisar e relembrar, porque mesmo assim, ainda me insurgi por ver uma pessoa adulta, a dar um rebuçado, ou o que fosse a uma criança e a deitarem os papéis fora (e eram do nosso autocarro).
Começamos a caminhada no sentido Espiunca - Areinho e terminávamos o percurso com cerca de 300 escadas para subir, e umas quantas (500? para descer), com isso em mente, propus-me poupar na água, só mesmo em SOS, e na alimentação, antes de começarmos uma barrita, a hora do pequeno almoço já ia longe.
No início começamos um grande grupo, mas como era para caminhar ao nosso ritmo e apreciando as maravilhas da natureza, impossível não parar e ouvir o relaxante som dos rápidos e da água, que ao longo de todo o percurso nos acompanhou, seja no rio (lado esquerdo), ou caindo por entre as pedras e encostas do nosso lado direito.
O verde da paisagem é ia dizer bonito, mas é pouco, é de um deslumbramento que nos deixa como que enfeitiçados, e a queremos (eu pelo menos) explorar essa zona de vegetação tão diferente, e ao mesmo tempo apelativa. E fomos em grupos mais ou menos pequenos consoante as companhias e os passos ao nosso ritmo, parando aqui e ali para apreciar convenientemente a paisagem e descansar um pouquinho, porque o calor era muito.
A meio do percurso e previamente definido paragem para reabastecer, tinha de ser, e soube mesmo bem. Aqui no meio do percurso encontram-se dois ícones dos passadiços a Cascata e a ponte suspensa (medo), no meio da natureza a pureza das
águas refrescantes e relaxantes, apetecia ficar mais um bocadinho e tomar um duche ou um banho no rio, mas nada que pudesse fazer neste dia, mas quem sabe da próxima vez, com mais calma e tempo....
Continuando que isto de passar a ponte suspensa é de meter medo, não o fiz, sei que começava a tremer mas deve ser uma experiência fixe, para os radicais, para mim passo, obrigado, mas gostei de ver a fila interminável para a passar duas vezes.
Com a força do calor, começamos a sofrer um bocadinho, e ao longe os passadiços tornaram-se assustadores, mas como tinha de ser, coragem e força, para iniciarmos a subida, mas na curva do rio, vemos a Cascata das Aguieiras e incrível a Natureza a água a cair das serras e a força que nos transmite e permite encarar a subida com algum entusiasmo (bom não era hipótese desistir).
Esta subida interminável, custou-me um bocadinho, mas depois a preocupação e a entreajuda a quem estava pior e lhes foi mais difícil, não parei a pensar no que tinha pela frente, era sempre mais um lanço, que estamos no bom caminho, entre nós lá fomos lanço a lanço, e com a paisagem deslumbrante chegamos ao topo, vitoriosas de um longo caminho percorrido.
Depois da encosta de subida, a descida, e mais uns quantos passos para terminar e encontrar-nos todos no ponto de encontro Areinho pausa merecida e desejada para refrescar, café e água, para repor energias, que ainda nos faltava mais um bocadinho até ao autocarro.
Depois veio o repor das energias, que a organização nos proporcionou, excelente serviço, aquela paparoca sobe que nem um manjar e o local foi inteligente Monte e Capela da Senhora da Mó; Arouca.
Ainda tivemos tempo para uma breve visita a Arouca, que tem uns doces conventuais divinais, e gente super simpática, falo pelo senhor da pastelaria, que nos ofereceu um dos doces típicos e nos explicou cada um deles.
Uma excelente caminhada em boa companhia com uma organização excelente que estavam sempre prontos para esclarecer e ajudar http://www.ideiasessenciais.pt/