Janeiro 10, 2019
m.
Escolhi uns quantos livros para doar á biblioteca da cidade onde moro, e antes de ir carregada que nem um camião, passo por lá e pergunto ao funcionário se aceitam doações de livros (todas as bibliotecas deveriam aceitar, penso eu), ele com muita má vontade responde, nem por isso, é difícil, têm de ser aprovados pela Drª Fulanita tal e é complicado. Agradeço e saio muito indignada e frustada, menos mal que não tinha lá os livros, ainda lhos mandava ao "fucinho". Contacto outra biblioteca e na mesma semana combinamos a doação, a sensação de doar algo e ver logo a disponibilidade e o agradecimento pelos livros que ainda nem os tinham recebido, deixou-me muito feliz. O meu problema é que não moro lá, e tive de pedir auxílio ao meu pai, que é um sujeito com um humor que nem vos conto....
" -Pai, podes por favor durante a semana ir entregar este saco de livros à biblioteca? Já está ai o impresso preenchido.
-Mas são só estes? Não queres mandar aqueles, daquelas estantes?
- Nem penses, são só os do saco, está bem!!!! "
Olho para as estantes e vejo o livro A Filha do Capitão do José Rodrigues dos Santos, e rapidamente tiro-o da estante e digo para ele o ler, fala sobre os nossos soldados e a Primeira Guerra Mundial, tinhamos acabado de ver uma reportagem e estava entusiasmado.
Resposta: Ah deixa aí, deve ser giro.
Ele disse sim....consegui que o meu pai lesse um livro ou pelo menos pegasse nele. Ontem fui ao quarto dele e qual não é o meu espanto que já em leitura avançada para quem pouco ou nada lê. O pior foi abrir a página e ver que o marcador era apenas e só a folha dobrada......isso quase que me deixou triste, mas depois fui buscar um marcador e ofereci-lho.
Ele está a gostar, lê é um bocadinho devagar....segundo ele a idade pede descanso e leituras só quando o sono não chega.....