Uma aventura, no berço da Nação, Guimarães.
Comecei por convidar pessoas, para irem comigo, mas também compreendo as conjeturas financeiras de umas, e as outras, por isso optei por comprar o meu bilhete, e em boa hora o fiz, bancadas, palco A, preço simpático, tudo de bom.
Depois de check in, e refrescar no hotel S. Mamede, vou lanchar com a I. , bem que mega, hiper, grandes torradas, como alguém consegue comer aquilo tudo, eu não, felizmente a minha colega safou-me.
Cheguei muito cedo ao pavilhão, obrigado I. pelas indicações e pelas boleias, gostei de poder apreciar a paisagem sem ter de ir com atenção ao caminho, ups, esse era o objectivo.
Deparei-me com um longo percurso após o estacionamento, e resolvo trazer o carro para mais perto do pavilhão, tendo como companhia os "mitras", "arrumadores", ou aqueles seres que acham que sabem estacionar o carro dos outros, deixei-me ficar no carro, pelo frio e para não andar pelos descampados, chega-se perto das 20:30 abrem-se as portas, filas pequenas e pessoas muito controladas, acho que só as fãs "carreiras" é que desesperam horas antes, casita (sempre antes, nunca durante, nem após), e toca a escolher o melhor lugar possível, primeiro sento-me na fila L, á bordinha para não incomodar, as outras cadeiras, depois a moça do pavilhão estava mesmo ao meu lado, e eu a imaginar que durante todo o concerto tinha que lhe pedir desculpe, posso ver o espetáculo??, resolvo mudar para a fila F (se não me falha a memória), e em boa hora, lugar excelente, testes de luz, e imagem feitos, é só aguardar.
22 horas...nada...22:10, entram os músicos três, viola baixo, bateria/percussão e guitarra portuguesa, acordes, solo instrumental, e entra a alta Mariza, canta 3 ou 4 músicas e bem começo sair ao intervalo, mas eis que tudo muda, e a Mariza cantora, transforma-se na Mariza entertainer, uau que diferença, assim fico até ao fim, e até depois se quiser continuar o concerto. Interacção com o público, piadas, homens vs mulheres, afinal " é Colha a rosa branca, só depois Ponha", lição aprendida. Ainda me emocionei, como não com esta excelente e extraordinária voz, a cantar á capella, silêncio total, voz só a voz encheu o pavilhão, momento arrepiante. Fala do filho, das saudades, dos ausentes, e daqueles que habitam no nosso coração.
Depois perto do fim, sai do palco, e vem percorrer as bancadas a cumprimentar as pessoas, fotos apertos de mão, e beijinhos. Os versos finais são sempre os que mais nos emocionam. e saí com a música ainda a ecoar nos ouvidos e na memória.
Obrigado Mariza, pela voz, pela presença, pela simpatia, e por fazeres da minha noite um acontecimento.
Uma correria para chegar ao carro, e sair do estacionamento, mas graças aos meus super poderes consegui chegar ao hotel, a horas decentes 12:30, ou por ai...noite descansadinha, e eis-me a ouvir os sinos a chamar para a missa, volto para o canto do sono, e acordo depressa e bem acordada com a fanfarra dos bombeiros, parabéns mas podiam ter começado ás 9, ao domingo sempre tentamos descansar mais um pouco....