Felizmente não sofro, nem vi ou vejo os mais próximos, mas já partilhei paredes com vitimas e agressores e é horrível, apesar dos apelos, telefonemas, quase todos os dias, quando aquele odioso (não consigo chamar-lhe outro nome) chegava a casa, eram portas a bater, gritos, choros, objectos partidos e gritos insanos de mãe e crianças. A policia tocou tantas vezes à campainha, que se tornou "normal", e depois nada, parava o barulho, apenas com uma conversa com o odioso, e ele prometia e jurava que parava e justificava-se, mas nunca ouvi ou vi mais nada que isto. Parava um dia ou dois e depois mais uma noite insana.. e assim continuavam, não sei o que aconteceu, porque depois mudei-me de cidade, mas são pessoas (menos o odioso), das quais me lembro muitas vezes.
É triste, estes dias em que há um apelo à consciência de todos os seres humanos, estes dias não deveriam ser necessários, e abrimos as notícias, mais uma vítima, é todos os dias a mesma coisa e nós impotentes, o que poderemos fazer, sem termos o poder de agir, ou a nossa pouca acção pouco ou nada muda.
Políticos e associações que defendem, promovem, as acções não deveriam ser só nestas datas tristemente recordadas, as acções tem de ser todos os dias a todas as horas.
É urgente os que detêm o poder e o dever de agir, começaram já, porque para muitas (os), já é muito tarde.