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a herança do vazio

Blogue de pensamentos, acontecimentos, experiências, viagens e coisas minhas.

a herança do vazio

Blogue de pensamentos, acontecimentos, experiências, viagens e coisas minhas.

Maio 12, 2017

m.

C_n5fVwUMAAIUHx.jpgImagem

 

Comecei o dia com sirenes, acordei num dia de folga, algo forçada, e despertei ao som dos bombeiros, e passado algum tempo e depois de muitas mais sirenes, acedo ás redes sociais e incêndio de grandes proporções, é sempre com grande tristeza que se vêm estas notícias.

Saio, e bom mesmo que não o soubesse já, ao ar húmido e chuvoso junta-se o cheiro a fumo, e ao longe no horizonte, vê-se um fumo negro indicador de más notícias.

 

Maio 11, 2017

m.

Passeio no coração do Alentejo

E quem me manda a mim, ir ao Alentejo num dia de calor com temperaturas de 32º, pois calor é lá, os 32 pareceram-me mesmo 40º, um sufoco. Bem e fazendo a casa pelo telhado, começo a passeata.
 
Esta viagem estava falada á meses, senão mesmo anos, mas os afazeres da vida, os Km´s, o calor, o adiar sucessivas vezes, até que finalmente nos resolvemos, e decidimos, terça feira é para ir conhecer o Alentejo, as cidades de Évora; A Barragem do Alqueva, Reguengos, Monsaraz, e Estremoz (esta cidade não estava no plano, mas como ficava em caminho, e tinha lá um irmão que nem sabia, fomos visitá-lo, e levar-lhe uma e*, que a tinha deixado cá em casa, o esquecido), safou-se ele de fazer 200 Km, e nós ficamos com mais uma cidade no curriculum.
 
O dia ainda nem amanhecia já estava a abrir a pestana, pelas indicações do g*m*, o melhor era ir directo a Évora e, assim fizemos, que se saiba que nem 2 horas demorei de viagem, sou um pé pesado, com uma breve paragem na área de serviço do montijo, que a rapariga também precisa descansar e de café. Chegado a Évora ainda mal raiavam os primeiros raios de sol, vejo uma instituição concelhia, e entro por ali dentro, a pedir indicações para  a próxima paragem, e como lá chegar, o Sr.º foi 5* super simpático, deu-nos as indicações por um mapa da cidade, o caminho a seguir, e foi até á procura de um mapa do como as que eu tinha visto no pc.  Agradecemos e saímos em busca da cidade de Évora, a primeira paragem e para começar o dia, foi a Igreja de S. Francisco, que contêm no seu interior a Capela dos Ossos, a Igreja andava em remodelações, pelo pouco que pudemos ver era linda, a merecer uma visita mais demorada e detalhada, quando terminadas as obras de remodelação. Para ver a Capela dos Ossos tivemos de atravessar um estaleiro, e o primeiro que vi foram....livros do século XVI, apeteceu-me tanto trazê-los comigo, assim uma recordação antiga e preciosa, mas claro que estou a brincar, a Capela era arrepiante, até para mim que não me arrepio frequentemente, o primeiro impacto foi um arrepio gelado e uma sensação de incredulidade perante o trabalho arrepiante que os monges franciscanos tiveram, desenterrar os mortos dos cemitérios para fazer uma capela, parece-me mesmo uma profanação, por isso, apesar do respeito, os mortos são para estarem resguardados, e serem homenageados, não expostos daquela maneira, demoramos pouco, mas quisemos sair dali o mais rápido possível.
Continuando a nossa caminhada por ruas brancas e limpas, chegamos ao Largo do Giraldo, local central e conhecido, apreciando as vistas, seguimos as indicações até ao Templo de Diana, que lindo, e as vistas do miradouro mais á frente, preciosas. Após as obrigatórias fotos, descemos, e passamos pela Sé de Évora, e de novo rumo ao transporte, andávamos um bocado condicionados de tempo, tínhamos muito para ver e tinamos de estar com o "esquecido" ás 17:00, noutro local não distante dali, mas queríamos ir mais além.
 
Curiosamente quando estávamos no carro, a fazer o nosso lanchinho matinal, para um carro e pergunta-me como ir para Reguengos?, como se eu fosse uma expert, em geografia, mas como também eu já antes tinha perguntado a mesma direcção, indiquei-lhes e lá seguiram eles viagem.
 
A nossa foi retomada minutos depois, e seguindo as indicações e intuições, lá fomos nós em direcção á Barragem do Alqueva, que era o objectivo principal da viagem, paisagens tipicamente alentejanas, muitos "chaparros", alguns montes bem cuidados, outros abandonados, cabeças de gado, dispersas, pastagens, e rectas a perder de vista (Percebi, o ditote do é já ali, 20 Km, parecem 100), chegados a Portel,  a qual avistamos ao longe, um castelo, bem cuidado, e um convento fora da vila, e eis as indicações para a tão falada barragem. Lá fomos nós em direcção á mesma, com paisagens variantes, e entre a típica paisagem, alguns vinhedos, mas na aproximação á barragem, a paisagem vai mudando, e aqui avistam-se rochedos e muita vegetação seca, chegados á barragem após a aldeia de Alqueva, que lhe dá o nome, desilusão, é só a barragem, no primeiro local para avistamento da mesma, uns barracões abandonados, e que tristeza, as vistas do rio Guadiana com o sol a incidir na água, são fabulosas, mas o espaço envolvente da barragem é uma desilusão completa, há apenas um café de um lado (nem entramos) e do outro o cais para os barcos que fazem as viagens turísticas na barragem.
 
Depois da barragem, e da sua desilusão rumamos em direcção a Reguengos de Monsaraz, ou só Reguengos, e Monsaraz, são afinal duas vilas diferentes, e distam 40 e picos km, mas digo-vos estes 40 souberam-me a 400, é que o caminho não tem altos e baixos, é só seguir em frente, por vezes nem era preciso acelerar, deixar o carro seguir, o percurso que como era sempre recto não fugia. Bom entre paisagens diferentes, sempre deu para apreciar as diversas e belas paisagens, que mudam consoante a topografia do terreno, e  a sua aptidão para os diferentes cultivos, no Reguengo apreciamos as paisagens vitivinícolas a perder de vista, muitas delas já vindimadas, e outras em pleno acto laboral. Chegados a Reguengos vemos que Monsaraz era um pouco mais além, mas eram horas de matar a larica, a nossa e a da viatura, e isso foi feito, de forma económica e rápida, e depois de mais uma pergunta sobre caminhos, rumamos em direcção a Monsaraz, que não ficava nada distante, mas estava muito calor, e valia  a paisagem e a camaradagem.
 
Mal se chega a meio do caminho, e começa-se a avistar Monsaraz lá no alto, depois voltamos a perde-lo, e consto que temos de contornar toda uma distancia para chegar lá ao alto, mas depois de contornada a encosta, a vista é de perder o fôlego de tão espetacular, toda uma extensão de água, montes, vales, casarios brancos, tradicionais, castelos igrejas, e um caminho de xisto, que apela a simples contemplação.

Depois desta beleza ficamos cansados, tanto pelo calor, como pelo tempo de viagem, e resolvemos ir até Estremoz, que ficava perto, mas e repetindo-me.....longas retas e chaparros, passamos novamente por Reguengos, porque uma senhora simpática disse que era o mais directo e fácil, e seguimos na direcção de Alportel, o que não disse é que tínhamos de continuar sempre em frente passamos Vila Viçosa (só lá entramos e saímos, tempo), e Borba, só depois de passarmos ao lado desta última, se encontra a placa a dizer Estremoz (finalmente), e o que havia de tão importante, levávamos uma encomenda urgente para alguém que é esquecido e despistado por natureza, e calhou de estarmos perto, e lhe fazermos o jeito, este meu irmão é um sortudo.

De Estremoz, só posso dizer que avistei ao longe, deve ser bastante interessante, mas a esta altura da viagem vence a preguiça, e só quisemos estar á espera á sombra do jardim.

 Capela dos Ossos, Évora

 Templo de Diana, Évora

 Monsaraz                       
 

Maio 11, 2017

m.

Santiago de Compostela

Comecei o dia cedíssimo, levantei-me assim que o despertador toucou, na rua chovia, e dentro de casa ainda nem eram 5:20, e de modo lento, caracol mesmo lá me fui arrastando para o despertar..
 
Saio de casa mais desperta, mas ainda com bastante chuva, um céu a amanhecer que promete, ás 6:30, porque convenhamos, chegar atrasada, não me assiste. Mando mensagem aos outros passageiros, e lá vamos nós a caminho de Outeiro Seco, para apanharmos o autocarro, que nos levaria em excursão até terras de Espanha. Quando chegamos ainda antes da hora marcada, já se encontravam na paragem algumas ilustres excursantes.

A entrada no autocarro foi todo um acontecimento digno de registo, o meu lugar o 20, estava ocupado, mas como conhecia o senhor, ele estava com a família, nem lhe disse nada, por isso dirigi-me ao senhor que andava com uns papéis (os passageiros/número de lugar) e disse que o meu lugar estava ocupado, e onde me sentava, depois de muito pensar, lá me disse sente-se no meu lugar, o no lugar onde deveria estar o senhor, mas sempre sem me dizer o lugar do senhor, e assim continuamos, o autocarro a encher e eu sentada no lugar do organizador, ás tantas vejo um lugar uma fila abaixo, só com uma senhora, que agora não me recorda o nome, e perguntei ao organizador, ele perguntou á senhora sem nome, pela afilhada, e ela respondeu que ela não vinha, por estar indisposta, o homem respirou assim auditivamente de alívio, e eu também, o meu "colega" de banco deitava-me uns olhares, que me estavam a incomodar. Fiquei eu a ganhar. Porque a senhora sem nome, e nós apresentamo-nos, mas não fixei, fixei sim, que ela era TOC, é onde trabalhava, e isso é informação valiosa. Depois deste pequeno, mas longínquo contratempo, e já todos sentadinhos, vamos vendo a paisagem nuns ecrãs dentro do autocarro, muito original. No meio do dilúvio lá arrancamos nós em direcção a Santiago de Compostela, depois de Ourense, o céu como que por magia, limpou, e começamos a ver azul, em vez de cinzento/branco. A primeira paragem, devia dar para duas coisas, mas tendo de recorrer á secção masculina do wc, lá fomos nós de enfiada e antes que algum se apercebesse, a correr, não deu para o tão afamado café solo, mas acho que isso foi bom, porque estavam a reclamar do café espanhol, não sei do que reclamam, já sabem, que café como em Portugal, até os espanhóis gostam.

Chegados a Santiago de Compostela, está tudo em obras, a autoestrada, e a própria Basílica, mas quem se importa, o importante é a fé, e a magia do local. Depois de uma saída apressada do autocarro, lá nos dirigimos para a Plaza do Obradoiro, e nos maravilhamos com as imponentes torres, em obras, mas é sempre uma visão impressionante, a porta principal, estava fechada, fui perguntar no museu, porque me parecia que a entrada era lateral, e não me equivoquei, entramos, vimos todas as capelinhas, em velocidade cruzeiro, que a minha amiga, estava excitada e extasiada, com a magnificência da Catedral, tive de falar com ela, para andarmos mais devagar, que Santiago, não fugia, e esperava pelo nosso abraço, abrandamos e vimos, mais calmamente, com detalhe, explicações, e fomos ao túmulo, e depois para a fila, não tenho palavras para descrever a emoção, mais uma vez, de estar naquele local sagrado, e místico.

Fomos ás compras, sim porque los recuerdos para a família, e para eles verem que não foram esquecidos, e que ali me lembrei deles, andamos a deambular pela parte velha, e a falta de cafeína começou a sentir-se, e entramos num café-hotel (Hotel Rua Villar), onde tiramos fotos com os jogadores do Real Madrid (equipa que a L. apoia), e descansamos uns minutos. Continuando a explorar a cidade, voltamos ás compras, porque bem é irresistível e lembrei-me de mais alguém que também gostaria de uma pequena lembrança.

Fartei-me de disparar a máquina fotográfica, por todo o lado, beleza, e ambiente, alguns detalhes, a chamada dos empregados de mesa, a hora de almoço está cerca, a oferenda das tartes típicas, que não comi, porque tinha degustado um bom café, café, e uma galleta. A carne a apanhar sol, o marisco, as tartes, as recordações, fazem desta cidade também um antro de comércio.

A Plaza do Toural fez-me lembrar Guimarães, pela arquitectura, pela envolvência, pelo ar de história que se respira. Continuando pela cidade, e aproveitando o bom tempo, terminamos na Igreja de São Francisco, muito bonita também, estava  a terminar a missa. por isso foi visita relâmpago.

Chegados perto das 13:00, e como cumpridores fomos tirar o almoço do autocarro, e procurar uma sombra para almoçarmos. Combinamos e saímos de Santiago uma hora mais cedo, porque La Coruna, nos espera.......
 

Maio 11, 2017

m.

La Coruña

 
 
Uma autêntica surpresa esta cidade portuária tão a norte de Espanha, em primeiro, a distância, muy curtita, em segundo, a Torre de Hércules, ventosa como um farol de extremo pode ser, mas as vistas, o cheiro a mar, a rosa dos ventos, os penhascos, a ondulação a bater insistentemente nas rochas e no areal, ai que saudades de dar um mergulho ou apenas e só molhar os pés naquela água fresquinha e salgada.
 
Depois do êxtase que foi para mim visitar o Farol mais antigo do Mundo, regressamos á cidade, visitamos em passo acelerado a zona histórica, a estátua de Maria Pita, mereceu alguns olhares mais demorados, as varandas típicas desta cidade são engraçadas, toda a zona marítima e portuária são merecedoras de uma visita mais descansada e prolongada.
 
O lanche/jantar não foi feito nas melhores condições, porque começou  a chover como há muito prometia, e resolvemos, lanchar num parque mais á frente, vulgo Estação de Serviço, com uma zona verde grande, bancos e o som do trânsito em plena auto-estrada, invulgar e inspirador.
 

Maio 11, 2017

m.

 Levantei-me, arranjei-me, fui ao café tomar o pequeno almoço, e saio da cidade no meio de um nevoeiro cerrado, qual D. Sebastião. Subo ao miradouro, e atravesso o contínuo (não vinham carros e aqui sol espetacular), e tiro umas fotos fantásticas, modéstia á parte, desta cidade nublada, completamente envolvida e escondida pelo nevoeiro matinal. Nesta parte da viagem temos muito sol, muitas paisagens Outonais dignas de umas fotos, mas estou tão atrasada. que apenas retenho a paisagem, sempre com atenção ás indicações, não vá perder alguma saída e ainda ir parar a Espanha, ou ao Porto.

Cerca das onze e pico, e depois de 100 km feitos, um engano na saída (se não ocorresse não tinha piada) a culpa foi da carrinha á minha frente, e quem no seu perfeito juízo coloca umas setas em miniatura na saída/entrada???.  Pois senhores camarários, indicações melhores e maiores, ou começo a andar de lupa.
è tão bom encontrar pessoas conhecidas num local longe de casa....e juntas passamos a tarde.
O almoço, uma boa e suculenta feijoada á transmontana, com tudo a que temos direito. Como era muito cedo, resolvemos meter-nos no carro e dar uma volta pela cidade, conclusão, fiquei completamente abismada e fascinada com esta cidade, do pouco que vi, apenas a Sé velha e a Sé Nova, o casario, e o castelo, que merece uma visita prolongada e as vistas que delicia, a repetir, não no Inverno, mas merece a pena.
Como depois destas vistas estávamos atrasadas, ainda entramos na Igreja de Stª Maria.
 
Resumido um dia de aprendizagem com novos caminhos, novas aprendizagens nova cidade descoberta.

Maio 11, 2017

m.

 


Num dia de verão (ano anterior) descobri quase ao pé de casa esta plantação ....Não resisti e parei o carro e toca a tirar fotos e mais fotos.

 

Depois andei mais uns metros e.....DESCOBRI O BUDHHA EDEN, na quinta dos Loridos, Bombarral, um local de visita obrigatória. É gratuito, e podemos andar a pé ou no comboio (pago), mas podemos ver um verdadeiro jardim com imensas estátuas e ainda em construção.

Maio 11, 2017

m.

 Imagem

Estação de São Bento; Porto

 

O Porto é uma das minhas cidades favoritas, podia enumerar muitas razões,  os monumentos, as ruas, as calçadas, as pessoas, o rio, as pontes, os jardins....o bolo de chocolate, a francesinha, mas principalmente o que sinto quando chego ao Porto, um ambiente mágico que paira no ar e me anima, faz com que eu me sinta feliz, alegre, de passear pelas suas ruas, comunicar com as suas gentes, mesmo quando é por trabalho, ao Porto é sempre um prazer voltar.

 

 

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